Multimídia »
Clipping
|
|
|
|
|
SEGUNDA-FEIRA, 20 DE SETEMBRO DE 2010 | 9:46 | |
Construtoras investem na compra de equipamentos | |
No pacote de estratégias adotado pelas construtoras para controlar custos, aumentar a produtividade e evitar gargalos que atropelem os altos níveis de crescimento, a compra de equipamentos ganhou importância entre as empresas de maior porte. MRV, Cyrela, Gafisa e Direcional não estão medindo esforços na compra de gruas, escoras, andaimes e plataformas elevatórias, cuja maior finalidade é não depender da disponibilidade e do preço cobrado pelas empresas de locação.
O processo de verticalização na construção está atingindo níveis cada vez maiores. Começou com a compra de fôrmas de alumínio, contratação de mão de obra própria - nesse caso, para tentar garantir um mínimo de fidelidade - e agora chega aos mais diversos tipos de equipamentos. Com a promessa de lançar entre 30 e 40 mil unidades por ano, as construtoras atingem uma escala que permite investir nesse tipo de ativo. A linha Finame, com juros entre 4,5% e 7,5% ao ano, criada especialmente para a compra de equipamentos nacionais, ajuda a fechar essa conta.
A mineira MRV, que vendeu 16,4 mil unidades no primeiro semestre, está comprando gruas, tratores, plataformas elevatórias, além de um equipamento que faz o transporte vertical e horizontal de material. Em 2007, a companhia investiu R$ 324,6 mil em equipamentos. No ano passado, esse volume cresceu mais de cinco vezes, atingindo R$ 1,7 milhão. Este ano, até agora, já foram R$ 3,3 milhões, mas esse montante chegar a R$ 5 milhões até dezembro. "Estamos fazendo canteiros maiores, com duas mil unidades e faz todo sentido esse investimento", Rubens Menin, presidente da companhia. Segundo o empresário, não falta material para alugar, mas o preço está mais alto.
A Cyrela segue o mesmo caminho na sua empresa de imóveis econômicos, a Living, onde o controle de custos precisa ser muito rígido para uma maior rentabilidade. Segundo Antônio Guedes, diretor da Living, a empresa está comprando escoras, andaimes e plataformas elevatórias. O investimento poderá chegar a R$ 7 milhões este ano. "Não vai chegar a 1% da receita", afirma Luis Largman, diretor financeiro da companhia.
O executivo complementa. "Quando você aluga, precisa entrar na fila e pode não ter disponibilidade financeira quando precisa", diz Guedes. A empresa - que também está contratando mão de obra própria - chegou a investir em equipamentos de um de seus principais fornecedores de blocos de concreto. Foram cerca de R$ 8 milhões na compra de equipamentos para aumentar a capacidade da empresa e garantir o seu abastecimento.
A Direcional, outra empresa que atua na baixa renda, vai investir R$ 30 milhões apenas na compra de equipamentos pesados. Além das fôrmas, a empresa comprou empilhadeiras, plataformas elevatórias e guindastes. O problema, segundo a companhia, é maior nas regiões mais carentes de fornecedores de materiais de aluguel, como Norte e Nordeste. O grande volume de obras e o prazo apertado justificam ter equipamentos próprios - segundo a área de relações com investidores da companhia. O grande volume de compras começou em junho do ano passado.
O diretor de construção da Gafisa, Mário Rocha, afirma que a empresa prefere investir no próprio negócio a aumentar o patrimônio com equipamentos, mas estuda pontualmente a compra de determinados materiais. Recentemente, a Gafisa comprou 12 mil escoras metálicas da China, com vida útil de 15 obras, cujo custo se amortiza em uma obra e meia. A companhia também está com uma fábrica de blocos dentro do canteiro e usinas de concretos em regiões mais distantes, como o Maranhão.
Em Pernambuco, a concorrência com o Complexo Portuário de Suape, atrapalhou a contratação de mão de obra e o aluguel de equipamentos. Há dificuldade para encontrar guinchos, gruas e torres de elevação no Estado. "Arrisco-me a dizer que cerca de 70% do maquinário disponível no Estado está por lá", diz José Cyrino Neto, proprietário da pernambucana Taperoá Construção. As construtoras baianas estão pressionando os fornecedores e trazendo equipamentos de outras praças, como Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte.
O vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais, José Francisco Couto de Araújo Cançado, que também é da empresa Conartes, conta que comprou plataformas elevatórias e gruas graças às linhas de financiamento. "O que pagamos atualmente equivale ao custo da locação. Desistimos da terceirização porque estávamos tendo dificuldades para garantir os equipamentos", diz Araújo. (Colaboraram Murillo Camarotto, do Recife, e César Felício, de Belo Horizonte).
Fonte: Valor Online |
|
| | |
SEXTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2021 | 15:31 | |
Serviços crescem 0,5% em agosto e atingem maior patamar desde 2015 | |
O volume de serviços cresceu 0,5% na passagem de julho para agosto, quinta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 6,5%. Com isso, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia e alcança o nível mais elevado desde novembro de 2015. Apesar do crescimento, o setor ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14) pelo IBGE. |
|
|
|
|
|
Confira todas as notícias
|
|
|
|