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TERÇA-FEIRA, 04 DE DEZEMBRO DE 2012 | 10:58
 
Consultoria apresenta preços de madeira de pinus no 3º trimestre
 
O estudo consultou 75 empresas florestais em 12 pólos florestais (Telêmaco Borba, Jaguariaíva, Ponta Grossa, Curitiba, Guarapuava, União da Vitória, Três Barras, Rio Negrinho, Caçador, Correia Pinto, Canela, Encruzilhada do Sul).

A importância da visão geral sobre esses preços da região sul se dá considerando que Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul correspondem a 80% da produção da madeira no país.

A Consufor subtraiu os custos de colheita, carregamento e transporte para os preços coletados em diferentes modalidades, tendo em vista que a modalidade apresentada neste documento é em pé.

O estudo mostra o preço de diversos diâmetros, apontando também os mais comuns no mercado. Santa Catarina é o estado com os preços mais elevados para toras mais grossa, sendo 30 cm de diâmetro 78 reais/m³/em pé e 40 cm, 116 reais/m³/em pé. Paraná fica em segundo lugar- o preço de 30cm de diâmetro é de 72 reais/m³/em pé; para 40 cm o preço é 100 reais/m³/em pé. Na lanterninha dos três, está o Rio Grande do Sul. Nos pólos florestais gaúchos o preço de 30 cm de diâmetro é de 50 reais/m³/em pé e 79 reais/m³/em pé para 40 cm. Rio Negrinho é a região onde a madeira de pinus é mais valorizada (83 reais/m³/em pé para 30 cm e 118 reais/m³/em pé para 40 cm).

Paraná e Santa Catarina são os maiores mercados brasileiros de venda de toras. Não há outra parte do país onde haja um mercado de toras tão ativo e aberto como o desses locais. Tanto é verdade que outros Estados tentam copiar o modelo de negócios

"O comércio de toras possui uma realidade diferente em cada pólo florestal. Em cada pólo há um perfil de consumo e um volume de comercialização específico. Alguns têm consumo focado na madeira fina (diâmetros abaixo de 25cm), por possuírem empresas de chapas de madeira reconstituída, energia e celulose. Outros têm consumo concentrado em madeira grossa (acima de 25cm), pois concentram empresas de madeira sólida (serrarias, indústrias de portas, molduras, lâminas e compensados e outros). Se olhar com atenção, verá que alguns pólos do Paraná possuem preços médios superiores aos preços médios gerais de Santa Catarina", explica Márcio Funchal, diretor de consultoria da Consufor.

Além disso, os preços de toras são diretamente dependentes da relação oferta e demanda. Assim, os preços atuais refletem a situação de hoje dos 12 mercados analisados, mas os resultados podem ser outros caso as relações de oferta e demanda sejam alteradas no futuro. Dos três estados produtores/consumidores, o Rio Grande do Sul é o estado lanterninha nos preços da madeira. "Nos dois pólos florestais do Rio Grande do Sul os preços são sistematicamente mais baixos do que os praticados nos demais pólos do Paraná e Santa Catarina", informa.

A consultoria afirma que apesar dos preços por estados oferecem alguns indicativos, é necessário atenção para as especificidades de cada pólo florestal, que possuem realidades muito diferentes um do outro.

"Paraná e Santa Catarina são os maiores mercados brasileiros de venda de toras. Não há outra parte do país onde haja um mercado de toras tão ativo e aberto como o desses locais. Tanto é verdade que outros Estados tentam copiar o modelo de negócios do Paraná e Santa Catarina: múltiplos vendedores de toras e múltiplos compradores de vários segmentos industriais. Em outros Estados com importantes maciços florestais, tais como Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Bahia, as transações de madeira no mercado aberto ocorrem em volumes muito, já que predominam empresas verticalizadas (indústrias que possuem base florestal para consumo próprio), ou o mercado é formado por apenas um único segmento consumidor: ou a celulose ou o carvão vegetal".

Recomendação da Consufor Advisory & Research para quem compra, vende ou planta pinus considerando os preços apresentados.

"A análise do preço de venda não é o único parâmetro de análise para decisão de investimentos. Pela ótica do comprador de madeira, o preço, a qualidade da madeira e o volume de compra são os fatores mais importantes a serem analisados. Pela ótica do vendedor / produtor florestal, o recomendável é analisar o negócio de forma estratégica.

Em síntese, ele precisa considerar os custos totais ligados ao plantio do pinus (aquisição/arrendamento da terra, custos de silvicultura e manejo). Comparando os preços de venda e os custos correspondentes de produção, o produtor pode traçar a melhor estratégia de produção floresta para maximizar o seu investimento. Dentre as opções que pode definir, em razão dessas análises, é o tamanho do ciclo de produção, a quantidade e intensidade de desbastes e podas e outros aspectos do manejo florestal.

Além disso, como o mercado florestal no Paraná e Santa Catarina é muito especializado, o produtor florestal tem também a opção de analisar a forma de comercialização. Ele pode optar por vender um talhão inteiro por um preço médio ou então vender a madeira por sortimentos para o mesmo ou para diferentes compradores.

Outra opção a escolher é o local de entrega da madeira: ele pode vender a madeira em pé (o consumidor é responsável pelo corte e transporte da madeira), empilhada na beira da estrada, carregada no caminhão do comprador (ainda dentro da floresta) ou entregue no pátio do comprador. Cada modalidade tem um preço de venda específico. Cabe ao produtor decidir qual a modalidade lhe proporciona a melhor relação custo X benefício em termos estratégicos e financeiros".

Fonte: Painel Florestal
 
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