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SEGUNDA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2012 | 14:57
 
Aterro sanitário para toda a região
 
Piratininga e região ganharam ontem de manhã um dos maiores aterros sanitários do país. O empreendimento privado, ligado à empresa Estre, a maior do setor de gerenciamento de resíduos do Brasil, foi inaugurado. Trata-se do CGR Centro-Oeste (Centro de Gerenciamento de Resíduos do Centro-Oeste), em Piratininga (15 km de Bauru).

O evento foi realizado na rodovia Bauru-Ipaussu, quilômetro 256, onde fica o aterro, e contou com a presença do prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho (PMDB), de Piratininga, Odail Falqueiro (PTB), do presidente da Cetesb (Companhia de Tecnologia Ambiental do Estado de São Paulo), Otávio Okano, além de diversos políticos da região.

O local é agora uma alternativa para cidades que contam com lixões, que estão proibidos a partir de 2014. Bauru, hoje, tem seu aterro regularizado, mas ainda está pleiteando uma nova camada para manter o espaço aberto. Com isso, o CGR e o grupo Estre consideram que a cidade pode acabar depositando seu lixo no local.

"É uma tendência natural acontecer isso", avalia o presidente do grupo Estre, Wilson Quintella, que destacou a importância desse empreendimento para toda a região, lembrando que a manutenção de um aterro sanitário é muito cara para as cidades.

O preço de depósito do lixo no novo aterro é de R$ 50 a tonelada. Rodrigo Agostinho, porém, afirma que Bauru ainda não definiu o que vai fazer com o lixo após 2014, quando o aterro tem sua validade expirada.

"Ainda vamos tentar a nova camada e, mesmo assim, não é garantido que o lixo viria para cá [em caso de o aterro bauruense ser fechado]. Seria feita uma licitação", observa o chefe do Executivo.

Alta capacidade/ O empreendimento tem capacidade de receber cerca de 1 mil toneladas de lixo por dia e atender diariamente 1,5 milhões de pessoas por meio de serviços prestados ao setor público.

O CGR Centro-Oeste está instalado em uma área de 757 mil m² e já possui sistema de drenagem, remoção e queima dos gases do efeito estufa. O projeto utiliza tecnologia de ponta para oferecer segurança aos clientes e proteção ao meio ambiente: impermeabilização do solo, drenagem, tratamento de líquidos percolados (chorume) e captação de águas pluviais.

Também estão contemplados no projeto estação de tratamento e queima do biogás, unidades para recebimento e tratamento de RSS (Resíduo de Serviço de Saúde); reciclagem de RCC (Resíduos da Construção Civil) e Central de Triagem de materiais recicláveis, que entrarão em operação em breve.

De acordo com Mauro Picinato, presidente do CGR Centro-Oeste, a região está se desenvolvendo rapidamente e era necessário um local adequado para receber os resíduos produzidos por municípios, indústrias e empresas, obedecendo às determinações das normas ambientais e atendendo à Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010. "Queremos contribuir com o desenvolvimento de Piratininga e região, com geração de emprego e renda", destaca o executivo.

O Centro de Gerenciamento de Resíduos do Centro-Oeste vai utilizar mais de 300 mil m² da área total para reflorestamento e preservação ambiental. Também está previsto investimento em educação ambiental para as comunidades locais e cidades da região.

O projeto do CGR Centro-Oeste prevê a instalação de uma usina de biogás e moto-geradores para produção de energia, assim como aconteceu em Guatapará.

Com o início da operação da usina de biogás, para tratamento e queima dos gases que provocam o efeito estufa, o projeto CGR Centro-Oeste passará a ser elegível junto à UNFCCC (organismo da ONU) aos direitos dos créditos de carbono. Em 2013, o CGR Guatapará vai instalar uma usina com motogeradores para produzir energia elétrica, que deverá atender uma população residencial de cerca de 55 mil pessoas.

Fonte: Bom Dia Sorocaba
 
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