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TERÇA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 2011 | 17:19 | |
Empresas querem depender menos das rodovias para escoar produção | |
Segundo pesquisa do instituto Ilos, quase metade das grandes companhias quer diminuir a dependência do modal rodoviário no transporte de suas cargas.
O estudo mostrou que, entre 2004 e 2010, o PIB brasileiro cresceu a uma média anual de 4,4%, enquanto o volume transportado em bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU) subiu também 4% ao ano. A maior parte dessa carga, 65,64%, é transportada por rodovias. As ferrovias, em segundo lugar, representam apenas 19,49%.
A pesquisa, que entrevistou 100 das maiores empresas brasileiras em faturamento, indica que as grandes empresas ainda dão preferência ao modal rodoviário. Dentre as entrevistadas, 26% só utilizam transporte por rodovias e 96% transportam mais de 50% da sua carga em caminhões.
Para Paulo Fleury, CEO do instituto Ilos e coordenador da pesquisa, "a dependência é enorme" e só 3% das empresas querem aumentar o peso do transporte rodoviário no frete de suas mercadorias. Segundo o pesquisador, os empresários, em sua maioria, "percebem que estão dependendo demais do transporte rodoviário". Pelos dados da pesquisa, 42% das companhias entrevistadas pretendem diversificar o meio pelo qual transportam suas cargas.
Segundo Fleury, o crescimento da demanda já dificulta o escoamento da produção. Dentre as empresas entrevistadas, 18% tiveram dificuldade para contratar serviços de transporte em 2010. A falta de oferta também provoca o aumento dos preços: 78% das empresas veem um aumento do custo do frete acima dos índices de mercado.
O transporte de carga também ganha destaque dentro das empresas. Entre 2006 e 2010 aumentou a quantidade de diretores e presidentes que ocupam a função de principal executivo de transporte. Em 2010, 4% das companhias entrevistadas tiveram seu presidente como o principal executivo da área. Quatro anos antes nenhum presidente ocupava esse papel.
Outra consequência do crescimento da demanda por transporte rodoviário de cargas foi o aumento no volume de vendas de caminhões, que subiu 12% ao ano entre 2004 e 2010. Hoje entram em circulação cerca de 200 mil novos caminhões por ano. Para Fleury, "esse é um claro indicativo da modernização do setor". Porém, se a demanda por novos caminhões continuar alta e a produção de veículos não aumentar, em breve esse será um gargalo importante para o escoamento da produção.
Mas se pagam mais caro pelo frete, os clientes também ficaram mais exigentes. Em 2010, 61% dos clientes fizeram exigências quanto à idade máxima dos caminhões que transportaram suas cargas. A idade média da frota de caminhões brasileira é 22 anos. Nos Estados Unidos, a idade média da frota não passa dos 8 anos.
Fonte: Valor Online |
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O volume de serviços cresceu 0,5% na passagem de julho para agosto, quinta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 6,5%. Com isso, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia e alcança o nível mais elevado desde novembro de 2015. Apesar do crescimento, o setor ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14) pelo IBGE. |
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