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SEGUNDA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2019 | 08:46 | |
Economia brasileira se tornou menos complexa — e isso não é boa coisa | |
A economia brasileira ficou menos complexa, de acordo com os dados do Índice de Complexidade Econômico (ECI, na sigla em inglês) divulgados na última semana.
O Brasil caiu cinco posições em dez anos e ocupa atualmente o 48º lugar entre 133 países, pelos dados de 2017. Ele aparece logo depois de Costa Rica e Uruguai na lista encabeçada pelo Japão, seguido de Suíça, Coreia do Sul e Alemanha. Os últimos lugares da lista são ocupados por países africanos, como Guiné (em último lugar), Angola, Burkina Faso e Nigéria.
O Atlas de Complexidade Econômica é mantido desde 2011 por uma equipe que inclui Ricardo Hausman, de Harvard, e Cesar Hidalgo, do MIT.
Ele mede o “conhecimento produtivo” de cada país. A ideia é que os lugares não passam de produzir um produto simples para um complexo de uma vez: isso exige um acúmulo gradual de habilidades e processos coletivos, que também está relacionado com crescimento, renda e redução de desigualdade.
A medição é feita analisando a natureza dos produtos exportados, já que “países podem fazer coisas que não exportam, mas o fato de que não exportem sugere que talvez não sejam muito bons nelas”. E o Brasil não vai bem nesse quesito.
O país exportou 263 bilhões de dólares em produtos em 2017. Esse valor é 2,8% mais baixo do que a média das exportações dos cinco anos anteriores, o que, segundo os autores, é um empecilho importante para o crescimento da economia brasileira.
Apesar de não estar nem no grupo do um terço mais avançado, a economia brasileira é mais complexa do que seria esperado dado o nível de sua renda, segundo o Atlas. Países nesse cenário tendem a crescer mais rapidamente, segundo pesquisa da Growth Lab, mencionada no levantamento.
Considerado como um país de renda média alta, o Brasil está na 52ª de 133 posições no ranking das economias mais ricas
Com base no cálculo de paridade de poder de compra, que desconsidera o efeito do câmbio por dar um peso desproporcional para quem tem moeda forte, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil é de 15,66 mil dólares. Sem essa correção, o valor é de 9,88 mil dólares.
O PIB per capita no país, que tem 208 milhões de habitantes, registrou variação média de -1,3% nos últimos cinco anos, abaixo das médias regionais.
Diversificar para crescer
O Atlas aponta que o crescimento é favorecido pela diversificação e que o Brasil tem tido um padrão preocupante. O país adicionou 13 novos produtos desde 2002 na lista de exportações, que contribuíram com 22 dólares em renda per capita em 2017.
“O Brasil se diversificou para um número suficiente de novos produtos, mas em um volume muito pequeno para contribuir para o crescimento substancial da renda”, diz o documento.
O país não iniciou um processo de transformação estrutural, segundo o Atlas, que realoca a atividade econômica de setores de baixa produtividade (como atividades da agricultura) para os de alta, como a área têxtil, por exemplo, seguidas pela fabricação de eletrônicos e/ou máquinas.
“A participação de mercado global nas exportações de têxteis no Brasil estagnou na década anterior; eletrônicos e máquinas ainda não decolaram no Brasil, limitando seu crescimento de renda”, diz o estudo.
As exportações do Brasil são compostas de produtos de baixa complexidade, nota o documento. Eles abarcam, em sua maioria, commodities como minério de ferro, soja, açúcar e petróleo. O crescimento das exportações brasileiras nos últimos cinco anos foi impulsionado por minerais.
Os principais destinos dos produtos foram China, que recebeu 21,82% dos envios brasileiros naquela ano, Estados Unidos (12,28%) e Argentina (7,73%).
A sugestão dada pelo estudo é que, na atual situação das exportações brasileiras, o país pode explorar setores com alto potencial de diversificação como produtos químicos diversos e máquinas industriais.
fonte: Exame.com |
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SEXTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2021 | 15:31 | |
Serviços crescem 0,5% em agosto e atingem maior patamar desde 2015 | |
O volume de serviços cresceu 0,5% na passagem de julho para agosto, quinta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 6,5%. Com isso, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia e alcança o nível mais elevado desde novembro de 2015. Apesar do crescimento, o setor ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14) pelo IBGE. |
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