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QUINTA-FEIRA, 13 DE NOVEMBRO DE 2014 | 07:18
 
Índice de preços dos alimentos da FAO recua pelo sétimo mês
 
O índice de preços dos alimentos da FAO, a Agência para Agricultura e Alimentação da ONU, caiu pelo sétimo mês consecutivo em outubro, na maior trajetória de baixa desde 2009. O resultado, que mede uma cesta de 55 alimentos, ficou em 192,3 pontos, o que configura uma queda de 0,2% em relação a setembro. Embora açúcar e óleos vegetais tenham subido no mês passado, o resultado final foi compensado por um recuo nos preços das carnes e laticínios, além da perspectiva de alta na produção mundial de alimentos.

"O índice está se estabilizando. O recuo em vigor é muito bom para os países importadores de matéria-prima", afirmou Concepción Calpe, economista-sênior da entidade com sede em Roma.

Na comparação ano a ano, outubro registrou queda de 6,9% nos preços globais dos alimentos.

Os preços de laticínios caíram 1,9% no mês passado, sendo puxados por manteiga e leite, que registraram um aumento significativo de oferta na Europa devido à impossibilidade de exportar para a Rússia.

No caso das carnes, o recuo mensal foi possível com a recuperação da produção de suínos em locais afetados pela epidemia de diarreia. O indicador para as carnes recuou 1,1% na comparação com setembro.

No caso do açúcar, o índice da FAO subiu 4,2%, para 237,6 pontos, devido principalmente à seca nas regiões produtoras do Brasil, o que tem levado à percepção de que a produção global do adoçante será menor que o esperado. A FAO ressalva, no entanto, que apesar da guinada mensal, os preços do açúcar permanecem ao menos 10% inferiores aos níveis de outubro do ano passado.

O segmento de óleos vegetais subiu em outubro pela primeira vez desde março. A alta, de 1%, foi motivada pela desaceleração da produção de óleo de palma (o mais consumido do mundo) na Malásia e Indonésia, seus principais produtores. Ao mesmo tempo, o consumo por este produto cresceu, sustentando os preços internacionais.

O óleo de soja, mais importante para o mercado brasileiro, teve os preços pressionados pela super safra de soja nos Estados Unidos.

Fonte: Valor Econômico
 
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