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SEGUNDA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2013 | 11:02 | |
Falta de acesso a capital pode ameaçar setor de mineração, diz estudo | |
Executivos de mineradoras e siderúrgicas em todo o mundo avaliam que, pelo menos até o ano que vem, terão de conviver com uma maior dificuldade de acesso a capital e também com uma pressão mais forte para produzir mais com menos recursos.
Um estudo preparado pela consultoria EY (antiga Ernst & Young), aponta que os principais riscos para o setor neste e no próximo ano serão o de não conseguir alocar capital adequadamente e o de não ter acesso ao capital que precisa.
No relatório intitulado "Business Risks Facing Mining and Metals 2013-2014", o que é hoje considerado o risco número um para as empresas aparecia apenas na oitava posição no estudo anterior. O documento será apresentado nesta quinta-feira num evento na Câmara de Comércio Brasil-EUA, em Belo Horizonte.
Outro risco que aparece mais evidente agora do que no ano passado é o das empresas não conseguirem proteger suas margens e melhorar a produtividade. Esse foi o segundo ponto mais citado pelos executivos; antes figurava em quarto lugar.
O que em inglês é definido como resource nationalism (uma expressão para definir medidas de governos que forçam as empresas a remunerarem mais o país de onde extraem recursos minerais) é o terceiro risco no ranking da EY. No ano passado, era o primeiro.
Os problemas com licenças de operação e a escassez de mão de obra qualificada completam os cinco riscos mais citados pelas empresas. "Nesse momento, esses riscos de negócio ganharam destaque devido à necessidade de proteger retornos e gerir os interesses de diversos stakeholders. Esses resultados contrastam com os de apenas 12 a 18 meses atrás, quando a produção acelerada ainda era a pauta principal e a limitação da capacidade definia as preocupações de negócios", diz Carlos Assis, especialista em mineração e metais da EY.
Segundo ele, tudo o que é considerado risco em escala global se aplica também às mineradoras e siderúrgicas que operam no Brasil. "No caso, por exemplo, do 'resource nationalism', o marco regulatório da mineração (que está em tramitação no Congresso Nacional) tem um viés nacionalista", disse ele.
A consultoria afirma que "uma década de preços elevados camuflou o impacto da alta acelerada dos custos, da queda da produtividade e da má gestão de capital no setor. O enfraquecimento dos preços das commodities em 2012, o legado da fase de 'crescimento a qualquer custo' do superciclo, e o aumento dos custos criaram um quadro de problemas, que estreitou as margens e diminuiu a lucratividade."
"A produtividade do setor está em declínio por quase uma década. O foco agora é a otimização da produtividade, por meio do uso mais criterioso da mão de obra e de equipamentos, diz Assis.
Quanto aos preços do minério de ferro, a EY prevê que o período de volatilidade continuará e que em três anos se estabilize num patamar saudável para as empresas, diz o analista. "Essa volatilidade tem relação com a oferta -- com projetos que ainda estão para entrar em operação, como é o caso, no Brasil, de Serra Azul, da Vale, e do Minas-Rio, da Anglo American - e com a demanda, com as incertezas ainda sobre as economias da China, Europa e EUA".
A volatilidade de preços e câmbio aparece no relatório da EY como o sexto maior risco para os executivos de mineradoras e siderúrgicas. No ano passado, o minério de ferro chegou aos US$ 160 a tonelada, depois caiu para a casa dos US$ 100 e no mês passado estava em US$ 140.
Em seguida aparecem os riscos de execução de investimentos, partilha de benefícios, acesso à infraestrutura e em décimo lugar a ameaça de substituições. Este último é um problema que não aparecia na lista das principais preocupações das empresas até então. O relatório da consultoria cita o risco mais presente para empresas que produzem uma única commodity de verem, por exemplo, o carvão ser substituído por gás; o aço pelo alumínio ou o cobre pela fibra ótica.
Fonte: Valor Econômico |
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SEXTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2021 | 15:31 | |
Serviços crescem 0,5% em agosto e atingem maior patamar desde 2015 | |
O volume de serviços cresceu 0,5% na passagem de julho para agosto, quinta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 6,5%. Com isso, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia e alcança o nível mais elevado desde novembro de 2015. Apesar do crescimento, o setor ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14) pelo IBGE. |
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