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QUINTA-FEIRA, 15 DE AGOSTO DE 2013 | 11:25 | |
Minério de ferro atinge recorde em 5 meses, cotado a US$ 142 a tonelada | |
Contrariando projeções pessimistas dos últimos meses, o minério de ferro continua em trajetória de alta e atingiu ontem US$ 141,8 por tonelada no mercado à vista da China. Foi o maior preço desde 12 de março, quando a cotação estava em US$ 143,4 por tonelada. Os valores são do minério 62% Fe, que é a especificação mais usada como referência de preço.
O que vem sustentando a valorização da matéria-prima é a demanda firme das siderúrgicas chinesas, cujo crescimento vem surpreendendo o mercado. Ao mesmo tempo, indicadores positivos da economia da China, maior consumidor mundial do minério, contribuem para melhorar as expectativas de demanda.
A analista Melinda Moore, do Standard Bank, diz em relatório que anúncios recentes de apoio do governo chinês ao mercado imobiliário e de aumento da facilidade para o financiamento de infraestrutura também alimentam um sentimento mais positivo em relação ao setor siderúrgico.
Na segunda-feira, a commodity já havia subido 4,2%, depois de seu preço ter ficado sem atualização nas três últimas sessões da semana passada por causa do feriado em Cingapura. No acumulado dos dois dias, a alta foi de 6,5%.
O aumento é bom para as mineradoras brasileiras, como Vale, CSN e MMX, ao elevar suas receitas. Em média, o minério vem sendo negociado a US$ 130,3 por tonelada desde o início de julho, 16% acima da média de R$ 112,1 por tonelada no terceiro trimestre do ano passado.
Desde quando atingiu a a mínima do ano em US$ 110,40 por tonelada, no fim de maio, o preço do minério subiu 28%, impulsionado justamente pela forte demanda das siderúrgicas chinesas. No acumulado do ano a produção dessas companhias cresceu entre 8% e 9%. Mesmo que o ritmo se reduza no segundo semestre, o crescimento anual deve ficar em torno de 7%, afirmam em relatório os analistas Leonardo Correa e Luiz Fornari, do HSBC.
Além disso, os estoques de minério nos portos chineses estão baixos. Há um ano, os registros apontam para 100 milhões de toneladas. Hoje, calcula-se um volume próximo de 69 milhões de toneladas. Assim, agora também acontece uma reposição dos estoques, que foram consumidos principalmente em maio, diz Melinda, do Standard Bank.
Alguns analistas já estão elevando suas projeções para o minério no curto prazo. Antes, as previsões eram de uma trajetória descendente, dadas as expectativas de aumento da oferta global da commodity. Agora, esperam preços mais sustentados.
Na previsão do HSBC, o minério de ferro deve ficar acima de US$ 100 por tonelada ao longo de 2016. "Continuamos acreditando que o mercado superestima o ritmo das adições de oferta no setor", afirmam. Eles acreditam que a expansão do projeto Pilbara, da Rio Tinto, por exemplo, para 360 milhões de toneladas ao ano, será mais lenta do que o esperado. Além disso, dizem que uma boa porção da nova oferta das maiores mineradoras substituirá volumes atuais, já que o mundo passa por esgotamento a uma taxa anual de 50 milhões a 70 milhões de toneladas.
O Bank of America Merrill Lynch elevou, recentemente, sua projeção de preço para este ano em 9%, para US$ 131 por tonelada, considerando o crescimento da indústria siderúrgica da China e os níveis baixos dos estoques de minério e aço. Para 2014, estima US$ 110 por tonelada, apesar de considerar que a projeção pode ser elevada caso ocorram atrasos no aumento da oferta.
Fonte: Valor Econômico |
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SEXTA-FEIRA, 29 DE OUTUBRO DE 2021 | 15:31 | |
Serviços crescem 0,5% em agosto e atingem maior patamar desde 2015 | |
O volume de serviços cresceu 0,5% na passagem de julho para agosto, quinta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 6,5%. Com isso, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia e alcança o nível mais elevado desde novembro de 2015. Apesar do crescimento, o setor ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14) pelo IBGE. |
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