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| SEGUNDA-FEIRA, 27 DE DEZEMBRO DE 2010 | 17:51 | | |
| Asiáticos investem em usinas em Mato Grosso | | |
Com a aquisição de duas usinas de açúcar e etanol do Grupo Cerradinho, a trading asiática Noble Group deu um novo passo para a diversificação de suas operações no Brasil, além de se consolidar definitivamente no setor sucroalcooleiro. "Foram US$ 2 bilhões investidos no país nos últimos 4 anos", afirma o CEO mundial da Noble, o brasileiro Ricardo Leiman. Neste total, encontram-se os US$ 950 milhões pagos pelas usinas do Grupo Cerradinho e também os US$ 200 milhões que estão sendo investidos na construção de uma esmagadora de soja e usina de biodiesel em Mato Grosso.
Além disso, a Noble está presente no setor de café, onde tem 6 armazéns próprios na região de Alfenas, em Minas Gerais, armazéns de algodão na Bahia e de soja e milho em Mato Grosso. A trading também inaugurou no início deste ano seu terminal portuário em Santos, litoral paulista, preparado para o embarque de grãos e açúcar. Outro terminal portuário, para combustíveis líquidos, foi inaugurado em Itaqui, no Maranhão.
"A Noble também está presente no setor de fertilizantes, onde teremos uma produção de 750 mil toneladas em 3 anos, e na mineração de ferro", acrescenta. Leiman afirma que o Brasil é um país estratégico para a Noble em virtude do baixo custo de produção de commodities. "Temos um baixo custo operacional na cadeia de suprimentos do Brasil, o que facilita a originação de produtos brasileiros para países que registram alto crescimento na demanda". O setor sucroalcooleiro é o primeiro em que a Noble entrou também na produção da commodity, além da originação.
Segundo o executivo, nas duas usinas que a Noble já comanda, a Meridiano e a Noroeste Paulista, e nas duas adquiridas pelo Grupo Cerradinho, a Catanduva e a Potirendaba, a Noble conta com 65% de cana própria. "Não possuímos plantações de café nem de grãos no Brasil, mas produzimos grãos na Argentina, Uruguai e África do Sul". Em relação à originação, a Noble está entre os 5 principais players dos setores de café, algodão, soja, milho e açúcar/etanol do Brasil. O executivo explica que a negociação com o Grupo Cerradinho foi rápida, mas nos próximos 2 meses será realizado um due diligence. "Não esperamos encontrar surpresas no processo de análise de ativos das usinas adquiridas", diz ele.
A Noble já estava procurando aumentar sua participação no setor sucroalcooleiro há mais de 1 ano. "Chegamos a participar da licitação para a compra da Equipav, por exemplo, mas não estávamos interessados em participação minoritária. Queríamos o controle", ressalta. A Noble adquiriu 100% das duas usinas paulistas do Grupo Cerradinho por US$ 950 milhões e leva também a dívida, avaliada em torno de R$ 1 bilhão.
Fonte: AgroNotícias |
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