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LUNES, NOVIEMBRE, 05, 2012 | 15:20 | |
As marginais da 'avenida Rondon' estão a caminho | |
Não é de hoje que o trecho urbano bauruense da rodovia Marechal Rondon (SP-300) preocupa as autoridades. Cada vez mais com cara de "avenida", essa parte da pista, que é a mais importante rodovia a cortar a cidade e que liga a Capital paulista ao Mato Grosso, coloca viajantes lado a lado com motoristas que a usam como via de acesso a bairros. Com o número de acidentes aumentando (leia mais na página 5), a Agência de Transporte de Estado de São Paulo (Artesp) já estuda antecipar a implantação de marginais para 2014.
O cronograma inicial previa as obras somente entre 2018 e 2019. Porém, a agência explica que, por conta da "situação da rodovia", há estudos juntamente com a concessionária ViaRondon para antecipar essas obras para 2014, com término em 2016.
O trecho abrangido pelas marginais é exatamente o considerado urbano na Rondon. Elas seriam implantadas entre o quilômetro 336,5 e o 348 nos dois sentidos da rodovia. O investimento total, de acordo com a assessoria, seria de R$ 40,77 milhões.
A antecipação ainda está em estudo pela área técnica da Artesp e necessita da execução de projetos básicos e da aprovação final do órgão. No mesmo período, está prevista a melhoria de dez dispositivos, como acessos e retornos, no trecho da SP-300 em Bauru.
A reportagem do JC entrou em contato várias vezes com a assessoria de comunicação da ViaRondon a fim de saber detalhes do projeto das marginais e também do estudo de antecipação, porém, após mais de 15 dias aguardando, a concessionária não respondeu.
O engenheiro de trânsito Archimedes Raia Júnior aponta que o trecho urbano da Rondon é palco de um "conflito". "Há ali um conflito entre o motorista urbano e o motorista de passagem. As marginais melhorariam muito esse fluxo".
Porém, o especialista afirma que, mesmo com as marginais, precisam ser realizadas obras para "canalizar" o fluxo de maneira correta. "É preciso pensar em acessos específicos à rodovia. Hoje, o trecho urbano conta com vários acessos. É preciso restringir alguns pontos e eliminar entradas secundárias", aconselha.
'Avenida'
O trecho urbano da Marechal Rondon corta bairros como o Jardim Panorama, Vila Engler, Parque São Geraldo, Núcleo Gasparini, entre outros. Em vez de canaviais e plantações, como é tradicional em estradas, há prédios, comércio, empresas e casas.
Justamente por conta dessas características, tornou-se uma grande "avenida". O administrador Ricardo Pires, 42 anos, é um dos motoristas que passam diariamente pelo trecho. "Moro nas proximidades da Praça da Paz e trabalho no Distrito Industrial 1. Faço esse trajeto duas vezes todos os dias".
O caminho seria viável por outras avenidas, porém, para escapar do trânsito urbano congestionado e economizar tempo, Pires confessa aproveitar o "atalho Rondon". "Já presenciei vários acidentes. Está realmente caótico. Já virou uma avenida mesmo. Tanto que as motos passam pelos 'corredores'".
E o caráter de "avenida" só se intensifica. "Faço esse caminho há 10 anos. Piora a cada dia. Se tivessem marginais, ia ajudar muito", completa o administrador.
Atenções diferentes
Além do aumento do fluxo, o grande perigo no trecho urbano da "avenida" Marechal Rondon em Bauru é a convergência entre o trânsito dos viajantes com aqueles que usam a via como acesso aos bairros da cidade. De acordo com o especialista em trânsito Archimedes Raia Júnior, o nível de atenção é diferente entre esses dois "tipos" de motoristas.
"O condutor que está seguindo viagem tem a cabeça na rodovia. Já o motorista urbano guia como se estivesse em uma avenida mesmo. Esse 'conflito' de comportamentos diferentes causa muitos acidentes", alerta o engenheiro.
Engenheiro sugere 3 faixas na pista
Segundo especialista, em alguns pontos do trecho urbano da Marechal Rondon a implantação de marginais é inviável
O engenheiro mecânico e consultor automobilístico Marcos Camerini percorreu o trecho urbano bauruense da rodovia Marechal Rondon juntamente com a reportagem do JC. No trajeto, ele identificou vários pontos onde a obra de implantação de vias marginais seria praticamente inviável e afirmou que a melhor saída seria a instalação de uma terceira faixa nos dois sentidos da pista.
Um dos trechos mais complicados para as marginais é onde está a Universidade Sagrado Coração (USC). Além de haver a instituição de um lado da rodovia, do outro, há várias indústrias. "Não há espaço para colocar uma marginal aqui. Seria necessário fazer a desapropriação nesses pontos. Com isso, a obra fica muito cara. É praticamente inviável", explica.
As desapropriações eram um dos pontos de questionamento da reportagem para a assessoria de imprensa da ViaRondon que ficaram sem qualquer resposta.
Interlocução
O deputado estadual Pedro Tobias (PSDB) destaca a iniciativa do Estado que, ao perceber da urgência das obras, iniciou negociações com a concessionária para adiantá-las. "Isso é fundamental, pois a via é utilizada como um grande corredor em Bauru", destacou.
O parlamentar lembra ainda que, para a duplicação da pista que leva a cidade ao aeroporto Moussa Tobias, existe a possibilidade de que marginais sejam incluídas no projeto desde que a prefeitura consiga desapropriar as áreas necessárias. "É importante que marginais já sejam feitas no começo da obra".
Outros obstáculos discutidos são os viadutos e passarelas. "Eles foram construídos para comportar duas pistas. São estreitos. Teria que mexer completamente para ter uma marginal ali. E são cerca de 15 passarelas e viadutos nesse trecho", alerta Camerini.
Se já não bastassem esses problemas, há outros nós a serem desatados, como os grandes declives nas laterais da Rondon e a falta de acessos de trechos já existentes.
Com todos esses obstáculos, o engenheiro é taxativo em apoiar a implantação de uma terceira faixa. "Seria muito mais viável e econômico. E resolveria o problema. Poderia ter três faixas. A mais próxima ao canteiro central seria para viajantes e as outras duas a serem usadas pelo trânsito local".
Marcos Camerini finaliza apontando que os acostamentos poderiam dar lugar a essa terceira faixa. "É um trecho que o acostamento pouco é usado. Ele poderia virar uma pista de rolamento. Poderiam ser criados bolsões para estacionar em emergências".
Número de acidentes na rodovia Mal. Rondon aumentou em 2012
Reflexo do aumento de fluxo na Marechal Rondon é o proporcional crescimento no número de acidentes na rodovia. A comparação entre 2011 e 2012 do período compreendido entre os meses de janeiro e setembro aponta que, neste ano, foram 58 acidentes a mais.
Os dados são exclusivamente referentes ao 2.º Batalhão de Policiamento Rodoviário. De acordo com a estatística divulgada pela assessoria de comunicação da Polícia Militar (PM), o número de acidentes no ano passado foi de 322. Já, em 2012, a quantidade subiu significativamente para 380, um aumento de aproximadamente 20%.
Contudo, o total de vítimas nesses acidentes diminuiu. Em 2012 foram 139 vítimas, enquanto no mesmo período do ano anterior foram 148. Desse total, de acordo com a PM, foram duas mortes neste ano e três em 2011.
O JC solicitou entrevistar algum oficial do Policiamento Rodoviário para repercutir os números e também conceder dicas de prevenção aos motoristas. Entretanto, de acordo com a assessoria de comunicação da PM, nenhum porta-voz estava disponível nesta região para conversar com a reportagem nem mesmo por telefone.
Recapeamento
Enquanto a Artesp e a concessionária ViaRondon realizam estudos para antecipar as instalações das marginais no trecho urbano bauruense da Marechal Rondon, a rodovia já passa por recapeamento. A "renovação" do asfalto está em andamento entre os quilômetros 336,5 e 369.
O trecho do recape compreende o trajeto entre Bauru e Avaí e o investimento total, segundo a assessoria de comunicação da agência estadual, é de R$ 6,7 milhões.
Fonte: JC Net |
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VIERNES, OCTOBRE, 29, 2021 | 15:31 | |
Serviços crescem 0,5% em agosto e atingem maior patamar desde 2015 | |
O volume de serviços cresceu 0,5% na passagem de julho para agosto, quinta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 6,5%. Com isso, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia e alcança o nível mais elevado desde novembro de 2015. Apesar do crescimento, o setor ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14) pelo IBGE. |
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