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VIERNES, AGOSTO, 31, 2012 | 13:36 | |
Infraestrutura do Sul precisa de R$ 70 bi contra gargalos, diz CNI | |
Os gargalos em infraestrutura da região Sul foram levantados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em estudo que aponta a necessidade de investimento de R$ 70 bilhões em rodovias, ferrovias e portos para destravar os nós logísticos e aumentar a competitividade de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O levantamento, divulgado ontem (28), aponta que as perdas anuais em função do déficit da infraestrutura na região chegam a R$ 4,3 bilhões.
Intitulado "Sul Competitivo", o estudo traz 177 projetos que devem estar na pauta do governo nos próximos anos. Entre os projetos, 51 são considerados prioritários e demandariam R$ 15,2 bilhões em investimentos.
"O investimento nesses projetos evitaria gastos anuais de R$ 3,4 bilhões, o que equivale a 80% das perdas totais de R$ 4,3 bilhões", aponta o diretor responsável pelo estudo, Olivier Roger Sylvain Girard, sócio da Macrologística Consultoria.
A estimativa é que se os investimentos não forem feitos, o custo logístico de transportes da região Sul passe dos R$ 30,6 bilhões registrados em 2010 para R$ 47,8 bilhões em 2020. Esses valores representam a soma de todos os custos logísticos - frete, pedágio, taxas de terminais - pagos por todos os produtos originados.
"Faltam corredores rodoferroviários entre algumas regiões dos estados. O foco foi a iniciativa privada mostrar onde pode mostrar a competitividade", diz Girard.
Os produtos mais relevantes para a balança comercial da região e que demandam novos investimentos em infraestrutura, segundo o estudo da CNI, são: açúcar e álcool; adubos e fertilizantes; arroz; avicultura; bovinos; calcário; carvão mineral; eletro-eletrônicos; ferro e aço; madeira; milho; petróleo e derivados; plásticos; químicos; soja; tabaco; trigo; veículos e autopeças.
Pontos críticos
A necessidade de investimento no setor rodoviário da região Sul é evidente nas 14 rodovias mais importantes da região, cujo tráfego excede em mais de 100% a capacidade das pistas, medida pelo movimento que cada uma é capaz de sustentar.
Na BR 116, que liga Curitiba a São Paulo, o excedente passa de 300% e, se nada for feito nos próximos anos, em 2020, o volume que será transportado vai ultrapassar em quase 500% o limite previsto.
O diretor responsável pelo estudo explica que a utilização maior do que a capacidade aumenta o custo da região.
A BR 116 também se encontra em estado crítico nos trechos entre Caxias do Sul-Lages, Lages-Mafra, Mafra-Curitiba, Pelotas-Porto Alegre, Caxias do Sul-Porto Alegre. Outra rodovia que possui vários trechos com uso acima da capacidade é a BR 101, entre Criciúma-Florianópolis, Joinville-Curitiba, Itajai-Joinville, Florianópolis-Itajaí.
Os principais projetos apontados para "desafogar" as BRs 101 e 116 são a construção do contorno de Guaratuba, a ponte sobre a Baía de Guaratuba; contorno da grande Florianópolis, acesso ao Porto de Itajaí. Também são levantadas a pavimentação da ligação entre BR-101 e Itapoá e a duplicação do acesso ao Porto de Imbituba.
A BR 153 entre Passo Fundo e Porto Alegre e a BR 369 entre Cascavel e Campo Mourão também estão acima da capacidade, assim como a BR 277 entre Irati-São Luiz do Puruná e Curitiba e Paranaguá.
O estudo aponta ainda que trechos das BRs 101, 116, 153 (Buenos Aires-São Paulo) e 285 são os mais interessantes para a iniciativa privada.
Projetos prioritários
O levantamento mostra oito projetos que são considerados prioritários para o desenvolvimento da região Sul. Entre eles, estão melhorias nas BRs 116, 101 e 282/280; construção de trecho faltante e melhorias na BR 285; construção de trechos da BR 153, entre São Paulo e Buenos Aires, possibilitando caminho menor entre as cidades ao passar por São Borja e BR 285 e 153.
Outra nova rodovia seria a chamada Boiadeira, que atravessaria o Paraná, ligando Porto Camargo (PR), na fronteira com o Paraguai, ao Porto de Paranaguá, no leste do Estado, passando por Campo Mourão e BR-487.
Ferrovias
No setor ferroviário, são necessários aportes de R$ 38,5 bilhões (50,8% da demanda total) para escoar a produção com custos menores do que os atuais R$ 30,6 bilhões gastos anualmente com logística.
As prioridades são a construção do trecho sul da Ferrovia Norte-Sul; e a construção da ferrovia entre Guaíra-São Francisco do Sul e Paranaguá via anel ferroviário.
Entre as maiores obras ferroviárias previstas nesse montante estão a chamada "Ferrovia do Frango", que cortará o estado de Santa Catarina, ligando Cerqueira César ao Porto de Itajaí; o trecho sul da Ferrovia Norte-Sul; e a construção da ferrovia entre Guaíra-São Francisco do Sul e Paranaguá via anel ferroviário.
Já os projetos rodoviários de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e nos países limítrofes (Paraguai, Argentina e Uruguai) precisariam de R$ 20,4 bilhões (29% do total de investimentos necessários). Entre os projetos, considerados prioritários estão melhorias nas BRs 116, 101, 282, 280; 153, 285 e 487.
Outro setor que precisa ser desenvolvido são as hidrovias, que demandam desembolsos de R$ 5 bilhões. Os portos da região precisam receber R$ 3,9 bilhões. No setor aéreo, a adequação dos aeroportos ao fluxo de passageiros e cargas demandam R$ 1,7 bilhão. Já as dutovias precisam de R$ 561 milhões para tornar a região mais competitiva.
Fonte: Mídia News |
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Serviços crescem 0,5% em agosto e atingem maior patamar desde 2015 | |
O volume de serviços cresceu 0,5% na passagem de julho para agosto, quinta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 6,5%. Com isso, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia e alcança o nível mais elevado desde novembro de 2015. Apesar do crescimento, o setor ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14) pelo IBGE. |
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