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| MARTES, JULIO, 05, 2011 | 16:10 | | |
| Volkswagen obtém participação majoritária na MAN | | |
A Volkswagen obteve uma participação majoritária na MAN, após um número de acionistas superior ao previsto ter aceito sua oferta compulsória, abrindo o caminho para uma cooperação mais estreita entre a fabricante de caminhões, sediada em Munique, e sua concorrente sueca Scania.
Os acionistas da MAN venderam 35,9 milhões de ações ordinárias e quase 165 mil ações preferenciais, dando à montadora alemã 55,9% dos direitos a voto e 53,7% do capital acionário.
O resultado implica que a Volks poderá acrescentar uma nova marca a seu amplo catálogo, que inclui a Audi, a Bentley e a SEAT, bem como a Scania, na qual ela detém quase 72% das ações com poder de voto.
A vitória aproxima Ferdinand Piëch, o poderoso presidente do conselho supervisor da Volks, de sua meta de criar um império europeu de caminhões para desafiar a concorrente Volvo e a Daimler, a maior fabricante mundial de caminhões em termos de vendas. A Volks prevê que uma associação poderá gerar sinergias anuais de ? 200 milhões (US$ 290 milhões), principalmente em terceirização de produtos e serviços.
No entanto, uma colaboração mais estreita precisa de aprovação da Comissão Europeia. "A Volks está mais do que satisfeita com o resultado", disse Martin Winterkorn, principal executivo da empresa. "Nossos acionistas decidiram; a MAN pertencerá à Volks", disse um porta-voz da MAN.
A Volks, a maior montadora da Europa em termos de vendas, lançou uma oferta compulsória de ? 95 por ação ordinária pela MAN no fim de maio, depois que sua participação acionária na empresa ultrapassou 30%.
Ela ofereceu deliberadamente um valor subestimado, que avaliava a Scania em 13,8 bilhões, a fim de cumprir a legislação de aquisições alemã, mas não se previa que sua oferta atraísse muitos investidores. A Volks almejava uma participação de 35% a 40%, que lhe concederia uma maioria estável nas assembleias gerais de acionistas da MAN.
No entanto, as expectativas em torno da venda começaram a se elevar na semana passada, quando o preço das ações da MAN continuava inferior à oferta de compra da Volks. Agora a Volks terá de desembolsar mais do que tinha previsto. No entanto, com reservas de quase 19 bilhões, esse é um preço com que a empresa automobilística, sediada em Wolfsburg, tem amplas condições de arcar.
As restrições antitruste até agora impediram uma cooperação mais estreita entre as duas fabricantes de caminhões, já que elas são encaradas como concorrentes. A Comissão Europeia refreou a pressa da Volks no mês passado, quando informou que ela não deveria nomear os cinco membros para seu conselho supervisor antes de receber a liberação do órgão.
Fonte: Financial Times |
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