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MIÉRCOLES, DICIEMBRE, 24, 2014 | 13:17 | |
Siderurgia mostra pequeno avanço | |
A participação de produtos siderúrgicos na pauta exportadora brasileira aumentou de 4,2% para 5,1% na comparação entre janeiro e outubro deste ano e igual período de 2013. Dados consolidados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que, no mesmo intervalo, os embarques do conjunto ferro fundido, ferro e aço cresceram 15,6%, alcançando US$ 9,75 bilhões. Ao mesmo tempo, as exportações totais do país recuaram 4,2%, para US$ 192 bilhões.
Essa expansão não deixa de ser favorável diante de uma das piores crises pela qual passa o setor, segundo analistas consultados. Acompanhando os ventos de bonança da primeira década dos anos 2000, o mundo dobrou sua produção de aço. A China construiu e fortaleceu a indústria siderúrgica local para suprir sua necessidade doméstica e exportar. Com o arrefecimento das economias em razão da crise financeira de 2008, inclusive na própria Ásia, a demanda por aço recuou. "A China é, ao mesmo tempo, concorrente e consumidora. Se sua economia cresce menos, mexe com todo o mercado", afirma Donizete Paiva, coordenador do curso de Comércio Exterior do Senac.
Segundo a World Steel Association (WSA), a capacidade de produção mundial chegou a 2,168 trilhões de toneladas de aço para consumo de 1,6 milhão de toneladas. Formou-se um excedente que, no ano passado, era de 570 milhões de toneladas/ano.
"Diferentemente de outros setores, a produção de aço leva mais tempo a se ajustar às mudanças de demanda", complementa Paiva. Nesse sentido, atender a nichos de mercado pode ajudar. Placas de aço têm menor valor agregado, mas encontram baixa concorrência internacional, principalmente em relação à oferta dos chineses. Segundo Walter Medeiros, CEO da ThyssenKrupp CSA no Brasil, com a retomada do setor automotivo, os Estados Unidos têm demandado muito o produto.
Criada especialmente para ser uma plataforma exportadora, a planta fluminense da ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) iniciou a operação em 2010 e tem capacidade para produzir 5 milhões de toneladas por ano de placas de aço. Neste ano, a operação fechou com produção de 4,1 milhões de toneladas, um crescimento de 25% em relação 2013. Para o próximo período o executivo projeta alta de 10% do volume produzido, para 4,5 toneladas de placas.
Inicialmente a produção seria toda direcionada ao mercado externo. Isso, segundo dados do Instituto Aço Brasil, poderia elevar em 40% o volume total de exportações do Brasil. No entanto, em 2014, 90% foram embarcados e, em 2015, a perspectiva é de redução desse percentual a 85%.
Até 2019 pouco menos da metade da produção da ThyssenKrupp CSA está comprometida com as exportações de outra fabricante, a ArcelorMittal. Em associação com Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation, a Arcelor comprou fábrica de laminação na cidade de Calvert, no Alabama (EUA), para onde vai enviar 5 milhões de toneladas de placas de aço ao ano, dos quais 2 milhões fabricadas pela CSA.
Benjamin Baptista Filho, presidente da ArcelorMittal Brasil diz que, apenas em 2014, as exportações de placas devem somar 9,8 milhões de toneladas por conta dessa joint-venture. Em julho, a empresa religou o alto-forno 3, em Tubarão, para ampliar a produção. Com isso, será possível ampliar em 1,2 milhão de toneladas as vendas externas de placas de aço.
O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, também diz não ver mudança no cenário de curto e médio prazo tanto interno quanto externo. Do ponto de vista doméstico, ressalta que o setor precisa operar acima de 80% de sua capacidade, mas que, neste ano, ficou em 69,7%. Ainda assim, 70,7% da produção foram voltados ao consumo dos brasileiros e apenas 29,3%, embarcado para outros países. "Temos capacidade de sobra para exportar", afirma, lembrando de tempos em que a indústria siderúrgica vendia ao exterior bem mais que a metade de toda sua produção.
Fonte: Valor Econômico |
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VIERNES, OCTOBRE, 29, 2021 | 15:31 | |
Serviços crescem 0,5% em agosto e atingem maior patamar desde 2015 | |
O volume de serviços cresceu 0,5% na passagem de julho para agosto, quinta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 6,5%. Com isso, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia e alcança o nível mais elevado desde novembro de 2015. Apesar do crescimento, o setor ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14) pelo IBGE. |
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