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JUEVES, MARZO, 24, 2011 | 14:53 | |
Odebrecht cresce na Argentina e alcança US$ 3,7 bi em projetos | |
Há uma sensação de prosperidade no 32º andar de uma torre de escritórios, a oito quarteirões da Casa Rosada, onde funciona a subsidiária da Odebrecht na Argentina. Em menos de seis meses, a construtora brasileira conquistou contratos - ou discute suas últimas cláusulas - que quase duplicam sua carteira de obras no país. São três novos projetos, que totalizam US$ 1,7 bilhão. Eles vão se somar a empreendimentos, já em andamento, que alcançam US$ 2 bilhões.
"O nosso objetivo, na Argentina, é a perpetuidade", afirma com exagero, para ressaltar o compromisso de longo prazo da empreiteira no país vizinho, o diretor-superintendente Flávio Faria. "Para isso, temos que crescer com os pés no chão. Estamos diversificando clientes, mantendo clientes públicos, mas não exclusivamente públicos, e com projetos de muita qualidade."
O mais recente contrato, no valor de US$ 75 milhões, foi assinado com o governo da Província de Mendoza. Um gasoduto de distribuição, com 160 quilômetros de extensão, será construído entre os municípios de Malargüe e Papagayos. As obras estão previstas para começar em abril e deverão durar um ano.
Mas as duas novas pérolas da Odebrecht na Argentina são, na verdade, contratos com multinacionais brasileiras. Com a Vale, que deu início a um megaprojeto de exploração de cloreto de potássio também em Mendoza, a empreiteira terá quatro etapas de obras para executar a instalação da mina. Já terminou a primeira e acerta os últimos detalhes contratuais para a segunda etapa. Em um consórcio com a argentina Techint, no qual tem 60% de participação, a Odebrecht se responsabilizará pela movimentação de milhares de toneladas de estruturas metálicas, construção e montagem dos edifícios que abrigarão os equipamentos, instalação das redes de tubulação e das caldeiras. Supervisionará ainda a colocação de correias suspensas que vão permitir o escoamento do minério.
O outro contrato foi firmado no Brasil, com a área internacional da Petrobras, mas a maior parte de sua execução será na Argentina. Juntos, os contratos com a petrolífera e com a Vale somam US$ 1,6 bilhão. Faria, entretanto, prefere não revelar seus valores individualmente.
O acerto com a Petrobras é para prevenção e remediação de passivos ambientais. Para isso, a Odebrecht usará o expertise de uma subsidiária, a Foz do Brasil, especializada em engenharia ambiental. "A Petrobras quer tornar-se uma referência mundial de atuação ambientalmente correta. Ela já tem um programa avançado no Brasil e agora começa a implementá-lo no exterior", diz o executivo.
Na Argentina, a Petrobras produz gás e petróleo a partir de poços maduros adquiridos da Perez Companc, em 2002. A responsabilidade da Odebrecht será monitorar as unidades de operação da Petrobras - não só poços, mas gasodutos e oleodutos, estações de bombeamento e de compressão, que requeiram novos procedimentos de manutenção ou troca de equipamentos. Além da Argentina, o contrato abrange outros países como Chile, Colômbia, Paraguai e Uruguai.
Os novos contratos da Odebrecht se somam a projetos anteriores que a construtora já vinha tocando no mercado argentino. Ela já executou mais de 70% das obras de ampliação dos gasodutos Norte e Sul, que cortam toda a Argentina - são aproximados 1,9 mil quilômetros de novos tubos, paralelos aos existentes.
Há outros dois projetos em andamento: uma unidade potabilizadora de água para a estatal de saneamento Aysa, que ampliará o abastecimento na zona norte da Grande Buenos Aires, e a expansão da capacidade de uma refinaria e unidade petroquímica da YPF Repsol, em La Plata. A Odebrecht ainda tem 25% no consórcio de empreiteiras que fará o soterramento da linha Sarmiento de trens de subúrbio, que hoje opera sobre a superfície, complicando o trânsito de Buenos Aires. É um contrato já assinado, no valor de US$ 1,3 bilhão, mas que ainda espera financiamento. O governo argentino liberou apenas 20 milhões de pesos (US$ 5 milhões), verba irrisória para levar adiante as obras, e pode acrescentar mais 100 milhões de pesos em breve. Isso deve ser suficiente para avançar no projeto executivo de engenharia e nas sondagens necessárias, mas impede o projeto de deslanchar.
Com essa carteira, a Odebrecht já tem cerca de 2 mil pessoas trabalhando nas obras. Cerca de 800 são funcionários próprios, dos quais 35 são brasileiros. "Estamos criando uma cultural local, aproveitando a mão de obra, que é altamente qualificada", diz Faria, perto de completar seu sétimo ano à frente das operações na Argentina.
Fonte: Valor Econômico |
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VIERNES, OCTOBRE, 29, 2021 | 15:31 | |
Serviços crescem 0,5% em agosto e atingem maior patamar desde 2015 | |
O volume de serviços cresceu 0,5% na passagem de julho para agosto, quinta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 6,5%. Com isso, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia e alcança o nível mais elevado desde novembro de 2015. Apesar do crescimento, o setor ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14) pelo IBGE. |
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