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MIÉRCOLES, FEBRERO, 23, 2011 | 9:21 | |
Safra de cana terá a primeira queda em 11 anos | |
Segundo estimativa da consultoria Datagro, a moagem no Brasil deve ficar em 611 milhões de toneladas na próxima safra, ante 617 milhões da anterior.
O rendimento agrícola (produção de cana por hectare) deve cair entre 4% e 5% em relação à safra 2010/11, afirma Plínio Nastari, presidente da Datagro. O motivo: a intensidade do fenômeno climático La Niña em 2010.
A forte estiagem no segundo semestre reduziu o trato cultural dos canaviais, segundo Nastari. Com a falta de umidade, parte da cana que será processada neste ano não recebeu aplicação de defensivos agrícolas, o que deixa os canaviais mais suscetíveis a doenças e a pragas.
Além disso, a falta de chuvas atrasou o desenvolvimento fisiológico da cana, ou seja, ela vai demorar mais tempo para ficar pronta para o corte. Esse atraso, que em janeiro chegou a 50 dias, caiu para 30 dias após as chuvas deste início de ano.
"As chuvas de março e de abril serão decisivas para o volume a ser moído. Por enquanto, as precipitações são insuficientes para zerar as perdas", disse. A projeção atual atribui condições normais para o clima no período.
Já o rendimento industrial -medido em oferta de ATR (Açúcar Total Recuperável) por tonelada de cana- deve ficar estável, pois a falta de chuvas aumenta a concentração de açúcar na cana.
A Datagro também prevê uma safra mais "açucareira", devido ao alto preço do produto. Do total processado, 52% vão para etanol, ante 54% da safra anterior.
A produção brasileira de açúcar deve aumentar 4,5%, para 39,5 milhões de toneladas, no limite operacional das usinas. Já a produção total de álcool deve cair 4%, para 26,1 bilhões de litros.
Menor demanda 1 A alta nos preços do açúcar deve reduzir o consumo doméstico em 2011, especialmente no varejo. A Datagro estima demanda interna em 11,3 milhões de toneladas (-4,6%).
Menor demanda 2 Preço alto também reduzirá em 9% o consumo interno de álcool hidratado, para 14,2 bilhões de litros em 2011/12, diz a Datagro. Com a maior demanda por gasolina, o consumo de anidro chegará a 8,5 bilhões de litros (mais 10%).
Mais leite O consumo per capita de leite e derivados no Brasil aumentou 60% nos últimos 30 anos, segundo estudo da Associação Leite Brasil. Em 2010, cada brasileiro ingeriu 161 litros -alta de 4,4% ante 2009.
Colheita avança A Céleres estima que, até a semana passada, a colheita de soja tenha atingido 14% da área plantada no país, ante 9% até a semana anterior.
Preço do álcool está "no limite"
O aumento de preço do álcool hidratado está "no limite", mas a cotação deve permanecer no atual patamar até abril, quando começa a moagem da cana da safra 2011/12.
A avaliação é de Plínio Nastari, presidente da Datagro. "A perda de consumo será muito grande se os preços subirem mais", diz.
Ele também estima que a queda dos preços no auge da safra não será tão abrupta como em anos anteriores.
O piso, segundo ele, deve ficar entre R$ 0,80 e R$ 0,85 por litro em junho. No ano passado, o menor preço foi de R$ 0,70. "A volatilidade deve diminuir", diz. Na semana passada, o litro do hidratado ficou em R$ 1,19 nas usinas paulistas.
O piso, segundo ele, deve ficar entre R$ 0,80 e R$ 0,85 por litro em junho. No ano passado, o menor preço foi de R$ 0,70. "A volatilidade deve diminuir", diz. Na semana passada, o litro do hidratado ficou em R$ 1,19 nas usinas paulistas.
Fonte: Folha de S. Paulo |
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VIERNES, OCTOBRE, 29, 2021 | 15:31 | |
Serviços crescem 0,5% em agosto e atingem maior patamar desde 2015 | |
O volume de serviços cresceu 0,5% na passagem de julho para agosto, quinta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 6,5%. Com isso, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia e alcança o nível mais elevado desde novembro de 2015. Apesar do crescimento, o setor ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14) pelo IBGE. |
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