MARTES, NOVIEMBRE, 26, 2013 | 11:39 | |
Produção de pneus dá salto no País em outubro | |
O ritmo produtivo de pneus no Brasil deu importante salto de setembro para outubro, revelam números da Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, divulgados na terça-feira, 19. Enquanto de janeiro a agosto o resultado acumulado de 2013 apontava crescimento modesto, de 3,7%, e de janeiro a setembro manteve-se quase estável, para 4%, com os volumes de outubro o índice subiu para 9,1%.
Foram fabricados no Brasil, de acordo com a Anip, 57,6 milhões de pneus no período de janeiro a outubro ante 52,8 milhões no mesmo período do ano passado.
Em comunicado o presidente da associação, Alberto Mayer, atribuiu o bom resultado à "expansão do mercado de carga pelas boas safras e pelo estímulo à compra de novos caminhões, além do reconhecimento do consumidor de que o pneu fabricado no país Possui alta qualidade, como mostra o desempenho no setor de reposição" - que, isoladamente, cresceu 13,5%, para 31,1 milhões de unidades, enquanto o OEM evoluiu 8,2%, para 19,5 milhões.
Ainda de acordo com a Anip a produção de pneus radiais apresentou elevação de 9,7% no comparativo anual, para 40,7 milhões de unidades, em ritmo maior que a de convencionais, evolução de 7,7%, para 16,9 milhões.
Já em volume de vendas o mercado brasileiro de pneus também cresceu no acumulado do ano, ainda que um pouco menos que a produção: 7,6%, para 60,9 milhões ante 56,6 milhões um ano atrás. O total inclui pneus importados pelas empresas instaladas no País.
Segundos os dados da associação, dentro do setor automotivo a maior evolução se deu nos pneus para uso agrícola: somados mercado interno OEM e reposição e exportações, o segmento cresceu 17,6%, para 824 mil unidades. Foi seguido por pneus para veículos de carga, 16,6%, para 7,3 milhões de unidades, para utilitários, como picapes e SUVs, 14,2% e 8,5 milhões, para automóveis de passeio, 4,2% e 29,3 milhões de unidades, e duas rodas, 2,4% e 13,1 milhões.
Nas exportações, entretanto, o resultado isolado do acumulado de janeiro a outubro foi negativo em 7,7%, para 10,3 milhões de pneus ante 11,2 milhões há um ano. A retração foi mais expressiva nos pneus de passeio, em 23,5%, e nos de carga, em 11,4%. Mayer, na nota, considerou que "por isso continuamos a insistir com o governo sobre a necessidade de aumentar a competitividade do setor, com programas similares aos estabelecidos para a produção nacional de automóveis, além da manutenção do Reintegra" - a Anip defende a criação do Inovar-Pneus, em moldes semelhantes ao do Inovar-Auto.
Por outro lado as importações no mesmo período cresceram 16,4%, para 23,2 milhões ante 20 milhões de pneus nos primeiros dez meses de 2012 - excluindo-se deste total os pneus para veículos de duas rodas. Destes os fabricantes locais trouxeram 7,8 milhões, para suprir demanda por modelos que não são produzidos no Brasil. 15,5 milhões de pneus foram importados por empresas que não fabricam localmente, segundo a Anip, principalmente para atender à reposição "com produtos mais baratos".
Com isso, apontou a associação no comunicado, a balança comercial do setor está negativa em US$ 302,6 milhões, enquanto no mesmo período de 2012 o déficit fora de US$ 70,4 milhões.
Fonte: Autodata |
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