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LUNES, OCTOBRE, 07, 2013 | 11:06 | |
Novo desafio de produtor agrícola é revolucionar gestão | |
Depois dos ganhos extraordinários na produtividade nas últimas décadas, agora é a vez da revolução na gestão. A avaliação é de André Pessôa, diretor da Agroconsult. Segundo ele, os produtores terão de aperfeiçoar a gestão de pessoas, de processos, dos riscos financeiros e do mercado e o cumprimento da legislação ambiental e trabalhista.
Os produtores não se dividem entre grandes e pequenos, no que se refere à eficiência, mas entre "os que estão dentro e os que estão fora do mercado", define Pessôa. E há grandes fora e pequenos dentro - aqueles que usam tecnologia e que se associam a cooperativas.
"A globalização da economia reduziu margens, e foi necessário ganhar escala, além de tecnologia", pondera Roberto Rodrigues, embaixador especial para o cooperativismo da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). "Isso gerou concentração por um lado e crescimento das cooperativas, de outro." Da produção agrícola do País, 48% passa pelas cooperativas, e 80% de seus associados são pequenos e médios produtores. "O pequeno vira grande", diz Rodrigues.
A inovação na agricultura brasileira está profundamente relacionada com a impossibilidade de aplicar no Brasil modelos vindos de fora, e a necessidade de experimentar e desenvolver o que pode funcionar nas condições do clima e do solo do País. O maior símbolo disso é o plantio direto.
No clima temperado europeu, os agricultores revolvem o solo para expô-lo à luz e aquecê-lo no degelo. No Brasil, não tem sentido fazer isso, porque expõe o solo à erosão causada pela chuva e pelo vento. O solo se quebra em torrões. A chuva leva a lama embora, junto com os nutrientes. Contrariado com os efeitos danosos da tão esperada chuva, o agricultor Herbert Bartz experimentou proteger a terra com palha em sua fazenda em Rolândia (PR) no início dos anos 70. A técnica se espalhou pelo País, com a ajuda de defensivos agrícolas para controlar o mato e de máquinas para cortar a palhada e colocá-la no solo.
"O ponto de inflexão da mecanização foi o surgimento dos agrishows, em 1994", lembra Roberto Rodrigues. "Até então, as feiras de exposição agropecuárias eram espetáculos. No agrishow, você vê a máquina operando. A exigência aumentou muito. Os fabricantes de máquinas que não fizeram investimentos em inovação desapareceram do mercado." O maquinário foi renovado com ajuda do programa Moderfrota, criado no governo de Fernando Henrique Cardoso e ampliado no de Luís Inácio Lula da Silva.
A soja, talvez o principal caso de sucesso da agricultura brasileira, é uma planta originária do nordeste da China, onde a latitude é de 40 a 45 graus, observa o agrônomo Romeu Kühl. No inícios dos anos 70, seu orientador, Edgar Hartwig, trabalhava com adaptação a condições equivalentes a 23 graus de latitude, nos Estados Unidos. Kühl, hoje diretor científico da Tropical Melhoramento e Genética, em Cambé (PR), trouxe essas técnicas para o Brasil.
Outro passo importante, conta Kühl, foram estudos sobre a perda de área folial causada pelas pragas nas condições brasileiras, e o levantamento de inimigos naturais, ou "bioinseticidas" para o controle de insetos e pragas. Hoje, o desenvolvimento de variedades transgênicas dos grãos impulsiona os aumentos de produtividade.
A pecuária tem se beneficiado da interação com a agricultura de duas formas, explica Marcos Jank. Na rotação, o pasto é reformado para o plantio de soja, e eles se alternam. Na integração, uma variedade precoce da soja é plantada no começo do verão. Depois da colheita da soja, plantam-se milho e capim brachiaria. O capim fica abafado. Quando se colhe o milho, a brachiaria se solta, e o gado entra para pastar, engordando no período mais seco do ano.
"A pecuária ainda tem muito espaço para aumentar a produtividade", avalia Jank. O sojicultor ganhou na última safra entre R$ 800 e R$ 900 por hectare; o pecuarista, R$ 200. A combinação entre soja e milho rende R$ 1.500 por hectare.
Marcos Jank adverte, no entanto, que os problemas de logística estão "matando o milho", que é mais suscetível que a soja porque vale menos por tonelada. O frete custa 25% do valor da soja e 50% do milho.
Com investimentos grandes em terminais portuários, o embarque de contêineres por hora aumentou de 8 para 50, reconhece Pedro de Camargo Neto. "Um aumento de competitividade que não tem mais como se replicar, porque o País não tem mais portos para construir terminais."
"Ainda tem espaço para aumentar a produtividade, quando destravar a infraestrutura", concorda André Pessôa. "Poderia ter crescido mais, se não fosse a piora dramática da logística."
Fonte: O Estado de S.Paulo |
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VIERNES, OCTOBRE, 29, 2021 | 15:31 | |
Serviços crescem 0,5% em agosto e atingem maior patamar desde 2015 | |
O volume de serviços cresceu 0,5% na passagem de julho para agosto, quinta taxa positiva seguida, acumulando no período ganho de 6,5%. Com isso, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia e alcança o nível mais elevado desde novembro de 2015. Apesar do crescimento, o setor ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (14) pelo IBGE. |
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