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	| TERÇA-FEIRA, 02 DE OUTUBRO DE 2012 | 15:31 |  |  |  | Para Raul Velloso, meta do superávit pode ser reduzida |  |  |  | Na avaliação de um dos economistas mais importantes do País, consultor de finanças públicas e ex-secretário de Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Raul Velloso, é fundamental um aumento dos investimentos públicos em infraestrutura, principalmente em transporte, para diminuir a dependência de poupança externa. E uma forma dessa sugestão ser realizada, do lado do governo, é que, neste momento, há espaço para reduzir a meta do superávit primário para até 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), metade do patamar atual, de 3% do PIB. 
 O especialista explicou ao DCI que se forem direcionados mais recursos  à infraestrutura de transportes, tanto do setor público quanto do privado, mais rápido o País aumentará sua produtividade, o que garante um crescimento do PIB potencial maior do que os atuais 3% ou 3,5%.
 
 "Preocupo-me com esse avanço de 3% [da economia] porque não vamos resolver nossos problemas com esse patamar. Por isso, insisto nesse aumento do investimento em infraestrutura de transportes, porque é um meio de não aumentar a taxa total [de investimento] que iria exigir mais mudanças que entram em conflito com políticas existentes [controle da valorização do real ante o dólar]", afirmou, após o lançamento do seu livro Infraestrutura: os caminhos para sair do buraco, escrito também por César Mattos, Marcos Mendes e Paulo Springer de Freitas.
 
 Para ele, o governo tem contribuído para aumentar os investimentos de forma geral, mas a taxa vem acompanhando ao longo do tempo a taxa de poupança externa, o que, devido às políticas cambiais do governo, vem diminuindo. "Estamos vivendo uma situação de trava no investimento. A taxa de poupança externa está mais ou menor travada em 3% do PIB. Assim, somado a elementos conjunturais como a crise internacional, mais do que travado em 19,4%, há três trimestres o investimento cai em relação ao PIB. Com essa situação, se antes tinha a trava da poupança pública, que é antiga, agora tem a externa. O resultado é que o PIB potencial tende a ter comportamento desfavorável porque depende fundamentalmente da taxa de investimento", justifica.
 
 Com base no estudo, e que, segundo Velloso já foi entregue à presidente Dilma Rousseff, gerar mais produtividade é a solução.
 
 Ele comenta que a taxa de produtividade tem até subido, acompanhando a taxa de investimento, mas no último ano foi negativa em 0,5%. "Aumentar o peso dos investimentos em infraestrutura na taxa total é uma solução para elevar a produção, mas pouco conhecida. O peso recuperou, saiu em 1980 de 4,9% para 5,4% em 1988, mas recuou para 3,3% em 2006. Esses números estão relacionados as demais taxas [investimento total e PIB potencial] e vamos tem que acentuar a subida da produtividade. O simples fato de investir em transportes aumenta a produtividade", diz.
 
 Velloso critica a opinião de alguns especialistas de ligarem o aumento da produtividade só com desenvolvimento tecnológico. "Mas quando se investe em transporte se diminui o tempo de ir do ponto A ao ponto B, e isso é um ganho de produtividade."
 
 Questionado se neste contexto de avançar os investimentos, não preocupa a previsão do não cumprimento da meta do superávit primário - economia para o pagamento dos juros da dívida, que se tiver aumento das despesas prejudica essa contenção fiscal -, o economista diz que "não", porque na razão dívida líquida PIB há uma queda. "O problema é se tivéssemos uma meta para a dívida bruta, porque muitas ações pressionam esse endividamento, como os empréstimos do BNDES. [Mas] quanto pior estiver lá fora [crise ], melhor vamos estar", aponta.
 
 Setor privado
 
 Para levantar recursos privados, o governo também precisa melhorar as escolhas das empresas em concessões. "Boas concessões realizadas acontecem até 2007, quando terminou a primeira fase com relação às rodoviárias. A segunda fase das concessões é o que não precisamos, quando houve atraso na entrega ou entregou igual ao que era."
 
 Desta forma, ele sugere a realização de leilões. Contudo, antes deveriam ser feitas mudanças. "O que mais prejudica um leilão é quando um concorrente despreparado faz uma oferta por baixo, que nenhum dos preparados consegue oferecer, e o governo pode ter que no final arcar com essa falta de preparo - o que leva a atrasos ou entregas de má qualidade."
 
 Desta forma, Velloso propõe que ocorra, primeiro, a pré-qualificação, "porque tira o aparecimento dos espertos". Segundo, os interessados apresentem um bom plano de negócio, em seguida mostrem a metodologia de execução "que facilita o julgamento da proposta". E só assim fazer o que chama de leilão competitivo.
 
 "Não se pode fazer é a inversão de fases, que é colocar o leilão na frente de tudo", ressalta, ao lembrar que essa inversão é prática frequente no Brasil.
 
 Fonte: Panorama Brasil
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